Visando aproximar cada vez mais os atores que estão na cadeia produtiva da indústria do petróleo com os que desenvolvem pesquisas e prestam serviços nesta área, o Instituto de Tecnologia e Pesquisa – ITP - passa a realizar encontros para discutir a temática do petróleo. O objetivo principal desta ação, que deverá ocorrer uma vez por ano, é compartilhar ideias, oportunidades e potencialidades dos Laboratórios de Síntese em Materiais e Cromatografia (Lsincrom), de Prevenção e Controle de Incrustação (LPCI) e do Núcleo de Estudos em Sistemas Coloidais (Nuesc).
“Faremos uma espécie de painel de debates entre a academia e a indústria na expectativa de reduzir a distância que existe entre estas partes e, ainda, de poder oportunizar este contato não somente para quem está no Nuesc, mas também para os colegas que têm aderência às áreas de trabalho praticadas”, explicou o Dr. Cláudio Dariva, coordenador do Nuesc. Além disso, os encontros temáticos têm como intuito fazer o acompanhamento das atividades de pesquisa e desenvolvimento e, a partir do compartilhamento dessas ações, analisar novas ideias e parcerias. Também participam dos encontros representantes das agências de fomento que financiam os projetos em execução nos laboratórios.
Para que nenhum tema ficasse de fora ou fosse tratado de maneira diferente, as áreas macro dos três laboratórios serão transformadas em assuntos principais dos painéis. Já houve um primeiro encontro, realizado no início deste segundo semestre de 2018, que debateu “Precipitação de sais inorgânicos e de sistemas aquosos” e contou com a presença de representantes de grupos de pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Rio Grande do Norte (UFRN), instituições que já possuem trabalhos em parceria com o ITP. Também estiveram presentes representantes do Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) da Petrobras, no Rio de Janeiro.
Neste primeiro evento, que contou com a presença de aproximadamente 60 pessoas, o fio condutor das discussões foram alguns dos problemas existentes na indústria petrolífera relativos à incrustação de sais inorgânicos. Houve apresentação de cenários por parte dos representantes da Petrobras, que “tocaram” em assuntos como: as ações realizadas na atualidade para evitar os problemas decorrentes de incrustações; quais as instituições do Brasil e do mundo que atuam no tema, e quais as oportunidades existentes nesta área. A planta de processamento de MEG (agente químico empregado como inibidor de formação de hidratos do Pré-sal) e toda a problemática que existe na formação de sais e na recuperação desse MEG no processamento de gás natural, também foi outro assunto abordado pelos representantes da empresa estatal.
Já os integrantes do Instituto de Tecnologia e Pesquisa realizaram apresentações técnicas sobre cada projeto em execução e que estão ligados ao tema abordado. Dr. Cláudio Dariva informou que, como resultado deste primeiro painel, foi formatado um novo projeto, em parceria com pesquisadores da UFSC e submetido para apreciação da Petrobras. Embora a ideia inicial seja a de fazer um painel temático anual, 2018 deverá ser uma exceção, pois novo encontro está sendo formatado para o mês de novembro quando, possivelmente, serão abordadas questões sobre óleos e emulsões. “Temos grupos de pesquisa parceiros fora do país, como em Portugal, nos Estados Unidos, no Canadá e na França, com os quais colaboramos no tema. A idéia é trazer, também, esses parceiros para as discussões”, evidenciou Dr. Cláudio Dariva.
