Doutor em Biotecnologia em Saúde e em Medicina Investigativa é o novo presidente do ITP

08/03/2016
Doutor em Biotecnologia em Saúde e em Medicina Investigativa é o novo presidente do ITP
Doutor em Biotecnologia em Saúde e em Medicina Investigativa é o novo presidente do ITP

Ampliar a prestação de serviços à comunidade, apoiar mais intimamente os programas de Pós-graduação Stricto sensu oferecidos pelo Grupo Tiradentes, tornar a presença do ITP marcante em outros estados e países, além de fortalecer ainda mais o tripé serviço, desenvolvimento e inovação. Esses são alguns dos objetivos do novo Diretor-Presidente do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), o Prof. Dr. Diego Silva Menezes. Ele assumiu a presidência do ITP no dia 1° de março com a saída do Prof. Dr. Leonardo Maestri Teixeira, que fixou residência nos Estados Unidos após a farmacêutica suíça Roche comprar, em 2015, a startup desenvolvida por ele.

E foi justamente através do ex-Diretor-Presidente que o Dr. Diego Menezes conheceu o ITP, quando ainda era Pró-reitor de Pesquisa e Inovação da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. O primeiro contato com o Instituto de Tecnologia e Pesquisa foi durante uma premiação nacional recebida pelo Instituto e, naquele momento, a curiosidade sobre a entidade fez nascer uma parceria entre os pesquisadores.

“A imagem que o ITP possui perante a comunidade científica e industrial no país é excelente, mas confesso que ao conhece-lo, pessoalmente, fiquei ainda mais surpreso. Aqui existe um potencial intelectual enorme, a começar pela equipe de pesquisadores que é muito produtiva e bem-conceituada nacional e internacionalmente, muitos dos quais são bolsistas de produtividade do CNPq, além do extraordinário parque de equipamentos e uma ampla cartela de parceiros nacionais e internacionais, esses foram alguns dos motivos que fizeram com que eu aceitasse este novo desafio ao ser convidado”, declarou. E dentre as primeiras metas do novo diretor está a de ouvir para aprender, pois, segundo ele, a partir da escuta dos anseios do grupo será possível traçar os objetivos para esta gestão, que segundo ele, será participativa.

“O alinhamento estratégico está sendo feito, mas ele vai ser validado, de fato, pela comunidade usuária, afinal de contas queremos uma ambiência que possibilite a criação, o desenvolvimento de pessoas, a inovação de produtos e processos, pois, sem um ambiente propício e agradável os nossos avanços não acontecerão de forma tão célere quanto desejamos”, enfatizou.

De acordo com Dr. Menezes, assumir a presidência do ITP vai possibilitar-lhe estar mais focado na gestão da pesquisa, atividade que nos últimos anos era compartilhada com a própria atividade de pesquisador. Neste tempo, ele integrou alguns cargos de gestão na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, onde além de ter atuado como docente, coordenador do Comitê de Ética, coordenador dos Laboratórios de Ensino e Pesquisa, foi Pró-reitor de Pesquisa e Inovação, mas o fato que mais transparece a empolgação é ter sido o criador do Núcleo de Biotecnologia e Bioprospecção e Propriedade Intelectual, o NBBIO.

Dentre a gama de atividades desenvolvidas pelo NBBIO destacam-se o estudo de tumores e desenvolvimento de fármacos a partir de produtos naturais e sintéticos, que possibilitem a manipulação de vias de sinalização celular. Também desenvolve estratégias terapêuticas ou aprimoramento de metodologias quimioterápicas para algumas abordagens, como o estudo da dor e de doenças infecto-parasitárias em humanos e animais. Devido à grande importância que alcançou, o NBBIO foi convidado a fazer parte do Parque Tecnológico da Bahia com a criação do Centro de Biodesenvolvimento de fármaco, de kit diagnóstico e de vacinas, um projeto em rede que foi liderado pelo Dr. Diego Menezes, apoiado por ilustres pesquisadores, dentre os quais destacam-se o Dr. Erlon Rodrigues e o Dr. Bernardo Galvão, dois grandes mentores, reconhece o Dr. Diego.

 MUDAR PARA CRESCER

Dr. Diego Menezes

“Estava num momento confortável da minha carreira, confortável porque conhecia bem a instituição da qual fazia parte da gestão, e estava feliz por possuir grande identificação com a Bahiana. Mas quando recebi esse convite não pude deixar passar porque, de fato, ele tem uma convergência interessante por proporcionar uma dedicação exclusiva à gestão de um Instituto de Pesquisa tão importante para o país, como é o ITP”, declarou. E quanto à veia de pesquisador, esta continuará, segundo ele, pulsando firme só que agora através da interação com os que atuam no ITP, pois, através da gestão participativa, existirá sempre um canal de diálogo aberto com os pesquisadores da nova Casa.

“Esta é a forma de gerir que aprendi e adoto, uma gestão onde definiremos coletivamente um planejamento estratégico, e teremos parcerias no desenvolvimento desse caminhar da pesquisa e inovação, e do gerenciamento do Instituto”, comentou Dr. Diego Menezes. Outro segmento do ITP que o deixou positivamente surpreendido foi o ITec, a agência de inovação e incubadora de empresas do ITP. A existência de inúmeras patentes, das quais algumas já estão em processo de transferência das tecnologias desenvolvidas, fez com que o novo gestor ficasse satisfeito e empolgado por novos resultados. Segundo ele, a estruturação da ITec é muito pertinente ao foco de atuação do ITP e será um ótimo alicerce dentro do conjunto de serviços pretendidos.

Por estar há poucos dias à frente do Instituto, Dr. Diego Menezes ainda está, junto com a direção do ITP e a superintendência do Grupo Tiradentes, montando um cronograma de visita às unidades da instituição em outros estados. Mas, mesmo sem o cronograma de visitas montado as conversas e alinhamentos de ações já começaram e estão acontecendo através de contatos por e-mail e telefônico. “Reforçar a presença do Instituto em outros estados é um grande projeto desta gestão. Estamos recebendo as demandas, dialogando com outras unidades para, no nosso planejamento estratégico, contemplar a rede ITP”, garantiu o Diretor-Presidente.

BREVE BIOGRAFIA

O soteropolitano Diego Menezes é Doutor em Biotecnologia e Saúde, e em Medicina Investigativa pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com período sanduíche nos Institutos de Bioquímica Médica e Biofísica na URFJ, onde atuou por quase 15 anos. As atividades na Fundação Oswaldo Cruz foram iniciadas ainda no Ensino Médio, quando participou do Programa de Vocação Científica (PROVOC), que tem como objetivo fazer com que jovens estudantes experimentem o cotidiano da pesquisa, e revelar novos talentos na área da ciência.

Foi bolsista do Instituto Pasteur; e da finalização da iniciação científica até o doutorado trabalhou com desenvolvimento de fármacos para doenças infecto parasitárias, tendo contribuído para evidenciar um segundo uso de um medicamento adotado para malária como alternativa para os pacientes não responsivos à terapêutica de primeira linha para o combate da esquistossomose. Também estudou o metabolismo redox parasitário, principalmente de doenças importantes do cenário nordestino, dentre elas a doença de Chagas e a Leishmaniose, chegando, inclusive, a ter em conjunto com a equipe uma patente pelo uso combinado de dois fármacos para a terapêutica dessas doenças. A transferência da tecnologia dessa patente está sob a responsabilidade da Fiocruz, Instituição titular dos direitos.

É membro consultor das agências de fomento CNPq, FAPESB, FAPERO e FUNADESP. É docente dos programas de Mestrado e Doutorado da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública; pesquisador colaborador da Fiocruz, da UFBA, UNEB, IFBa e URFB. Dentre os dezoitos prêmios recebidos destaca-se a medalha Carlos Chagas, entregue durante o International Symposium on the Centennial of the Discovery of Chagas Disease (PIDC-CNPq-WHO).



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